Na madrugada deste sábado, 18 de Julho, recebi um telefonema por volta das 02:37. Nesse momento estava a contabilizar o fluxo de caixa de nosso Templo Maior. Tinha organizado várias pilhas de moedas e, quando o telefone tocou, levei um susto de imediato e derrubei-as como David derrubara Golias. Soterrado pelas moedas de R$ 0,25 e R$ 1,00 doadas pelos fiéis, temi não retornar mais a superfície a tempo de atender o telefone. O Senhor operou em mim e alcancei o vibrante instrumento de telecomunicação, pois Ele tinha um plano maior. Era a Missionária Sophie. Aflita, relatou-me aproximadamente o seguinte:
Pastor Jacob, estou aflita. Durante a minha elucubração rotineira, debruçada sobre as Sagradas Escrituras, deparei-me com Levítico 25:44. Fiquei em estado de choque. Senhor Pastor, esclareça-me, isto realmente é possível?
No momento, devido ao susto que a sonora campainha do telefone proporcionara-me, não fui capaz de fornecer uma resposta clara, precisa e objetiva. Prometi a Missionária que iria dedicar o resto da madrugada no estudo desta passagem. De fato irmãos, é uma passagem bastante polêmica. Primeiramente vamos transcrever o referido versículo:
Vossos escravos, homens ou mulheres, tomá-los-eis dentre as nações que vos cercam; delas comprareis os vossos escravos, homens ou mulheres.
Levítico 25:44
Levítico sempre é uma parte muito delicada da Bíblia. Analisada por um pastor incauto, a dita passagem seria analisada sozinha, sem considerar o contexto na qual ela está inserida. Este, obviamente, não é o nosso caso. Observem agora algumas passagens que antecedem Levítico 25:44.
O Senhor disse a Moisés no monte Sinai: “Dize aos israelitas o seguinte: (…) Ninguém prejudique o seu próximo. Teme o teu Deus. Eu sou o Senhor, vosso Deus. Obedecereis às minhas leis; guardareis os meus preceitos e os cumprireis, a fim de habitardes em segurança na terra
De fato, estas passagens ainda não nos esclareceram muito. No entanto, servirão de base para as afirmações que vem a seguir. Note que, nesta passagem, o Senhor dirige-se a Moisés no Monte Sinai e instrui-o sobre o que falar aos israelitas. Os israelistas, hoje, somos nós, o Povo de Deus. Conseqüentemente, tudo o que foi dito aos israelitas por Moisés continua valendo até hoje para nós.
O Senhor deixou bem claro nas Sagradas Escrituras que nós devemos obedecé-lo: “Teme o teu Deus (…) Obedecereis às minhas leis”. Logo, não caberá a mim, um humilde pastor, discutir a validade de tão sagradas leis. A terra retratada nesta passagem é Canaã, a Terra Prometida. Ora irmãos, o que é Canaã senão o objetivo de todos nós? Portanto, se quiseres chegar em Canaã e viver em segurança na Terra Prometida, terás de seguir os mandamentos do Senhor.
O “próximo”, o qual não devemos prejudicar, deve ser entendido por todo aquele do Povo de Deus. Ora, se um indivíduo não é de Deus, ele não é do nosso povo. Como pode um indíviduo, que não é de nosso povo, ser próximo a nós? Estes indivíduos, devemos afastar de nossos corações e almas. Indubitavelmente serão punidos pelo Senhor no dia do Juízo Final.
Vossos escravos, homens ou mulheres, tomá-los-eis dentre as nações que vos cercam; delas comprareis os vossos escravos, homens ou mulheres. Podereis também comprá-los dentre os filhos dos estrangeiros que habitam no meio de vós, das suas famílias que moram convosco dentre os filhos que eles tiverem gerado em vossa terra: e serão vossa propriedade.
Depois da argumentação dos parágrafos anteriores, não há muito mais o que se discutir aqui. Está claríssimo. Se não podemos prejudicar ao próximo, mas podemos escravizar homens e mulheres das nações que nos cercam, então podemos escravizar todo aquele que não é do Povo de Deus e que habita uma nação que nos cerca, além dos filhos que estes gerarem em nosso país.
Para tirar qualquer dúvida, listarei todas as nações que nos cercam:
- Argentina
- Bolívia
- Colômbia
- Guiana
- Guiana Francesa
- Paraguai
- Peru
- Suriname
- Uruguai
- Venezuela
Fomos realmente abençoados pelo Senhor com tantas nações vizinhas para podermos buscar escravos. Mas ainda não acabou: sendo a Guiana Francesa um departamento ultramarino da França, a mesma também faz fronteira conosco. Vale lembrar os seguintes dados de seguidores religiosos na França:
- Católicos = 51%
- Ateus = 31%
- Muçulmanos = 6%
- Protestantes = 2%
- Judeus = 1,5%
- Budistas = 1%
- Ortodoxos = 0,5%
- Outros = 7%
Tendo a França aproximadamente 64,5 milhões de habitantes e com apenas 2% da população pertencente ao Povo de Deus, existem em torno de 63,2 milhões de franceses aptos a serem nossos escravos. É realmente uma glória muito grande para nós do Povo de Deus.
Abaixo segue uma projeção do futuro realizada no anfiteatro de nosso Templo Maior. Os escravos estão a cantar uma canção típica, desenvolvida durante o período de escravidão em nossa nação. Note como os brasileiros que comandam os trabalhos cumprem bem as suas funções evitando o desperdício de tempo por parte dos escravos.
É nosso dever, como seguidores dos mandamentos de nosso bom Deus, escravizá-los e trazé-los para o nosso país de tal modo que gerem filhos fortes e sadios, os quais também serão escravos de nossos filhos e assim sucessivamente.
Que a Paz do Senhor esteja convosco,
Pastor Jacob Agamenon
“Quando um homem for repreendido em público por uma mulher, cabe-lhe o direito de derrubá-la com um soco, desferir-lhe um pontapé e quebrar-lhe o nariz para que assim, desfigurada, não se deixe ver, envergonhada de sua face. E é bem merecido, por dirigir-se ao homem com maldade de linguajar ousado.”
Le Ménagier de Paris (Tratado de conduta moral e costumes da França) este mesmo tratado pode e deve ser usado com os argentinos
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